28 outubro, 2009 às 12:47 am (Agonia, desilusão, Dor)
Tags: amor, mágoa, Poema, poesia, tristeza
Que pare a música
que o sol deixe de brilhar
choro por meu amor perdido
que se foi com o luar
que os grãos de areia, dispersos,
se percam no mar
que o oceano seque
que a gaivota pare de voar
que as estrelas se apaguem
e para sempre reine a escuridão
que reine esse vazio
que tenho no coração
que se acabe o mundo
que se congele o ar
que o céu inteiro desabe
que a terra deixe de girar
que as gotas cristalizem
que se guarde silêncio eterno
que se queimem as matas
que se abra o inferno
que se derreta o sol
que se esfacele a lua
que as trevas da noite
rastejem pela rua
que seque a luz dos meus olhos
que seja cego meu olhar
meu amor foi embora
para nunca mais voltar
(Escrito por Zailda Coirano)
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28 outubro, 2009 às 12:38 am (desilusão, Dor, ira)
Tags: amor, Poema, poesia, raiva
Cai a máscara, desce o pano
enfim mostras a face hedionda
jazes entre cinzas, fantoche humano
nesta tua frágil e inútil ronda
Apaga o passado que te trai
e arranca da vida o que mereces
enquanto meu peito em sangue esvai
teu castigo supremo enfim, padeces
Vai, alma de fugidio segredo
sepultar culpa, aplacar teu medo
embeber teu sonho em lágrima fria
Nas tuas mãos fui o teu brinquedo
mas teu coração, inescalável rochedo,
em mil chagas há de arder um dia.
(Escrito por Zailda Coirano)
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28 outubro, 2009 às 12:36 am (desilusão, Dor)
Tags: amor, desilusão, Dor, vingança
Ainda arde na face o bofetão que deste
ainda agoniza o seio onde cravaste o punhal
mas lançam teu castigo os anjos celestes
te dei amor e me pagaste com o mal
Ignoraste meu clamor queixoso
ofuscaste a beleza de um amor tardio
arrancaste, de um só golpe poderoso
e deixaste apenas um coração vazio.
Afogaste a lágrima em lúgubre veneno
e devolveste apenas teu coração pequeno
enlameaste meu sonho de doce ternura.
Carregas na alma o castigo pleno
e hás de padecê-lo, agora te condeno
lambe o chão onde rastejas, pérfida criatura.
(Escrito por Zailda Coirano)
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28 outubro, 2009 às 12:31 am (amor, Poema, tristeza)
Tags: amor, Poema, poesia, tristeza
Amanhã quero abrir a janela
sentir o sol da manhã
beijar as flores macias
esquecer as imagens sombrias
ver os pássaros derramando
seu canto pelos jardins
abrir minhas cortinas
te encarar sem medo, amanhã
Mas hoje a alma tão fria
estertora, vazia
irrompe em agonia
Amanhã quero descer as escadas
e ver os rostos carentes
de afeto, reluzentes
ouvir o sol da manhã
romper pela luz do dia
esquecer a paisagem vadia
comer do fruto
e beijar a flor
Mas hoje o coração dispara
acelera, estala
se arrasta na sombra de fel
Amanhã quero abrir a cortina
ver água cristalina
a borboleta no mato
o pássaro na escada
saltitante, carente
o sol cantar mais um dia
Mas hoje
a alma em estertores, fel
o coração agoniza
espera, amor
espera chegar a manhã
(Escrito por Zailda Coirano)
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28 outubro, 2009 às 12:30 am (Agonia, Paixão, Poema)
Tags: amor, Paixão, Poema, poesia, saudade
Tenebrosa noite de olhar castanho
que me traga em seus braços
mal cai o sol
a ver-te, qual fantasma em sonhos
assombrando-me a escuridão do quarto
levantando-se ante mim
em monstruosas vagas de saudade
doce quimera
que me alucina
em vão estendo a mão
tento alcançar-te
mas já te afastas, galopante
em meu pesadelo de loucura
minha alucinada espera de paixão
minha carne que te reclama
se contorce
em sonhos, pesadelos
nefastos, dolorosos
de entrega e espera
lábios, mãos, peles se confundem
em fantasmagórica agonia
(Escrito por Zailda Coirano)
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28 outubro, 2009 às 12:28 am (amor, Poética, Poema)
Tags: amor, Poema, poesia
Enquanto dormes tão distante
meu espírito vela teu sono
te beijo com a luz do luar
um beijo doce com sabor de mel
e hortelã
te toco com a brisa
que acaricia teu corpo amado
dolorosamente longe
te sussurro palavras de amor
quentes ao ouvido
nas gotas de orvalho
que voam sorrateiras
por tua janela aberta
de madrugada me despeço
no cantar do passarinho
que derrama seu canto
na aurora que galopa
te aceno “até breve”
nas asas da borboleta
que acaricia as flores
do teu jardim
tão longe e tão perto
tão perto mas tão longe
(Escrito por Zailda Coirano)
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19 fevereiro, 2009 às 10:10 am (Poética, Poema, Poetry, Prosa, tristeza)
Tags: amor, brasileira, Poema, poesia, Poetry, tristeza
gota
perfeita
lacre
da alma
rompe
jorra
serpenteia
reluz
escorre
brota
da alma
ferida
sofrida
alquebrada
que sofre
contorce
dói
chora
gota
de lágrima
(escrito por Zailda Coirano)
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17 dezembro, 2008 às 5:49 pm (amor, Poética, Poema, Prosa)
Tags: amor, Poética, Poema, poesia, Prosa
Te amo
com a pureza das crianças
a grandeza da luz do sol
a certeza do amanhã
a força da tempestade
a urgência dos desgarrados
o desespero das almas malditas
a agonia do pio da coruja
a pressa dos amantes
Te quero
com a pureza dos errantes
a grandeza do amanhã
a certeza da tempestade
a urgência da saudade
a agonia das crianças
a pressa dos desvalidos
a força dos amantes
o desespero do pio da coruja
Te espero
com a urgência da tempestade
a certeza da verdade
a inocência dos aflitos
a força das almas malditas
a pureza do pio da coruja
o desespero das manhãs
a grandeza das crianças
a pressa dos desgarrados.
(escrito por Zailda Coirano)
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22 agosto, 2008 às 10:25 am (amor, Paixão, Poética, Poema, Prosa)
Tags: amor, Paixão, Poética, Poema, poesia, Prosa
Meu coração bate
junto ao teu, descompassado
tarado
pecado
domado
Minha boca busca
a tua, carente
doente
latente
fulgente
meu olhar cai
no teu, dorido
sentido
bandido
caído
Meu corpo se enrosca
ao teu, desperto
aberto
incerto
esperto
Meu hálito suga
o teu, agonia
ironia
fugidia
fantasia
(Zailda Mendes)
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24 julho, 2008 às 1:52 am (amor, Dor, Poética, Poema, Prosa)
Tags: amor, Dor, loucura, Poética, Poema, poesia, Prosa
A gargalhada louca
escorre da boca
o cérebro desfalece
adormece
as imagens se sobrepõem
em vertiginosa viagem
de cores e dores
insuportáveis
medonhas, desumanas
monstros brancos que aos poucos
invadem todos os lugares
e mente já não suporta
e se desmancha em luzes
e a gargalhada rasga a noite
entra pelas frestas das janelas
a loucura irrompe, indomável
e assim fenece, adormece
no peito do louco
o último fio de lucidez
(escrito por Zailda Mendes)
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